Diálogo agora de manhã com o ínclito delegado Protógenes Queiroz sobre a “reportagem” de capa da Veja.
- Você viu a Veja?
- Li, comprei no aeroporto. (*)
- O que você acha?
- Eles estão querendo prorrogar a CPI (do Itagiba), que não deu em nada.
- Mas, e as denúncias?
- Tudo mentira.
- Eu imaginei que fosse assim: o juiz te autoriza a grampear o Naji Nahas, o Naji Nahas se encontra com o Papa e você tem o Papa na gravação. Não pode ser isso?
- Pode ser. Mas não é isso.
- Não tem ninguém ali que tenha aparecido no grampo de outro?
- Só tem a Dilma, mas isso aparece na Satiagraha.
- E a vida amorosa dela, isso que a Veja fala.
- Não tem nada.
- E o Gilmar Mendes?
- Não tem nada.
- Mas, pera aí, não tem nenhum documento, nada? O que acharam na casa do teu filho, no Rio?
- Nada.
- E na tua casa em Brasília?
- Nada. Tem o computador da minha mulher.
- E no teu pen-drive?
- Tem o material que eu já encaminhei à Procuradoria Geral da República. É material da Satiagraha.
- E do Fernando Henrique?
- Não tem grampo nenhum. Nada.
- E do José Serra?
- Nada. Só aparece uma conversa da filha dele com a irmã do Daniel Dantas. Mas, é uma relação empresarial. Não tinha nada a ver com a investigação.
- E o filho do Lula?
- Não aparece em nenhum momento, não tem nada.
- Mas, como é que a Veja ia inventar tudo?
- Cadê o áudio do grampo, Paulo Henrique? É só isso: um vazamento mentiroso.
(*) Protógenes estava a caminho de Porto de Galinhas, em Pernambuco, para comemorar o aniversário da mulher. Segunda-feira, ele participa de um debate em Recife sobre corrupção no Brasil.
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