O Governo de Barack Obama está preparando uma ambiciosa iniciativa em relação a CubaEl País, 04-03-2009. A tradução é do Cepat. com o objetivo de pôr um fim a 50 anos de enfrentamento e facilitar, em diálogo com as atuais autoridades comunistas, uma via para a democratização da Ilha. Mesmo que ainda não se tenha dados passos concretos nessa direção, distintas fontes diplomáticas e políticas em Washington e em Miami confirmam que está sendo preparado o terreno para uma mudança significativa nas relações entre Cuba e os Estados Unidos no curto prazo. A reportagem é de Antonio Caño e publicada no jornal espanhol
O propósito da Administração é acelerar os trâmites o máximo possível e criar um novo cenário por ocasião da próxima cúpula americana, que acontecerá em Trinidad e Tobago, entre 17 e 19 de abril. Obama não quer deixar passar essa oportunidade para obter resultados, consciente das incertezas em relação à situação em Cuba e do tempo escasso que os assuntos latino-americanos vão ocupar em sua agenda no futuro imediato. O regime de Havana, por sua vez, se realmente quiser um entendimento com os Estados Unidos, nunca vai encontrar uma oportunidade melhor que a proporcionada pela presença de Obama na Casa Branca.
Nesse contexto, percebem-se em alguns círculos norte-americanos as mudanças anunciados na segunda-feira nos principais órgãos de poder em Cuba: o presidente cubano, Raúl Castro, se acerca de pessoas de sua confiança para enfrentar o enorme desafio da normalização das relações com Washington, ao que Fidel Castro ou outras figuras de seu círculo mais próximo poderiam se opor.
“Eu não diria que isto é uma prova de que existe um atrito entre Fidel e Raúl, mas é inegável que houve uma valorização dos amigos de Raúl em detrimento dos amigos de Fidel”, afirmava uma das fontes consultadas.
A decisão de uma mudança política para Cuba encaixa na visão do presidente norte-americano, que prometeu durante a sua campanha eleitoral abrandar o embargo, e responde também à pressão de quase toda a América Latina, que procura converter o caso cubano em carro-chefe de um novo modelo de convivência no continente.
Aqui [em Washington] o fato de que oito presidentes latino-americanos tenham visitado CubaEuropa estão realizando esforços para estabelecer o diálogo no conflito mais simbólico e emocionalmente explosivo da América. num prazo de um ano não é visto como casual. Mesmo que não existam mediadores identificados, todos esses presidentes e outras figuras da região e da
Especialmente importante é o papel que o Brasil pode representar nesse sentido, país com o qual a Administração de Obama quer tentar uma espécie de aliança global para enfrentar de forma coordenada aos principais problemas da América Latina. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitará Washington no próximo dia 17, justamente com o propósito de preparar a Reunião de Trinidad e Tobago e discutir a possibilidade de incluir o assunto de Cuba na agenda dessa reunião.
De acordo com os tempos e o estilo cubano, Raúl Castro parece estar se preparando, segundo a interpretação que se faz por aqui [Washington], para responder a uma eventual precipitação dos acontecimentos. Para poder avançar num diálogo direto Washington-Havana necessita-se estabelecer previamente uma sucessão de concessões de um e outro lado para que Obama – e o Congresso dos Estados Unidos – esteja pronto; mas ainda não está certo se Raúl CastroFernando Ramírez de Estenoz, que participou de todas as reuniões com os presidentes latino-americanos, são vistos como sinais positivos. estará. As mudanças da segunda-feira e a subida de uma figura que se acredita moderada e leal ao presidente cubano,
No lado dos obstáculos, vê-se com preocupação em Washington o papel desempenhado pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que ficaria isolado politicamente caso Raúl CastroObama. Chávez ressaltou nos últimos dias o bom estado de saúde de Fidel Castro. vier a se entender com
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